quinta-feira, 29 de novembro de 2007

DEFININDO MISSÕES EM TERMO DE MOTIVAÇÃO BÍBLICA

DEFININDO MISSÕES EM TERMOS DE MOTIVAÇÃO BÍBLICA
Certa vez em um culto em determinada igreja , quando se falava de estruturação de conselhos missionários. Enquanto se expunha o assunto se levantou um prebítero no meio da palestra, e perguntou:“Isto é muito bonito, mas por que enviarmos missionários para outros povos e países enquanto no Brasil há tanto trabalho a ser feito, há tanta necessidade?Essa pergunta que ele fez é muito importante. E várias respostas simples e diretas poderiam ser dadas.É ORDEM DE JESUS
“Fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19), é ordem do Mestre e isso se refere a todas as regiões habitadas da Terra:os wolofs no Senegal, os makuas no norte de Moçambique, os hupda nas amazônicas, os aymaras na Cordilheira dos Andes , os ashintis no Sul da Ásia, e mais de 24.000 povos espalhados pelo planeta.Ainda hoje são mais de 2.000 povos que ainda não ouviram o testemunho do evangelho de Cristo; e outros 4.000 em que a igreja existe mas não tem força para completar a tarefa em seu próprio universo cultural. Esse é um bom motivo para missões transculturais.
TODOS PRECISAM RECEBER A MENSAGEM DE CRISTO
“Como ouvirão , se não há quem pregue? ” (Rm 10.14.)
Cerca de 95% de todos os obreiros evangélicos no mundo estão atuando entre os povos já alcançados pelo evangelho. Realizam um trabalho importante nas igrejas locais, centros de treinameno teológico e trabalhos evangelísticos locais e regionais. Entretanto apenas os outros 5% dos obreiros atuam hoje entre os povos ainda não-alcançados pelo evangelho.Devido a epidemias, fomes, guerras ou fatores desconhecidos, mais de 340 povos se extinguiram desde 1920 até hoje. Não há mais nenhum representantes dessas etenias no mundo. Perdemos a chance de lhes apresentar o evangelho. Mais de 4.000 não contam com igrejas locais fortes o suficiente para evangelizá-los. E certamente não ouvirão se não há quem pregue.
A VOLTA DE CRISTO
Mateus 24.14 nos ensina que o “fim” não virá até que o evangelho do reino tenha sido pregado por todo o mundo, “para testemunho a todas as nações". E Pedro nos convoca a esperar e a apressar a “vinda do Dia de Deus” (2 Pe 3.12).Acredito que o alcance de todos os povos é o relógio escatológico de Deus para a vinda de Cristo- quando o “testemunho” chegar “a todas as nações".Creio n aiminência da volta de Cristo porque creio também em um iminente despertar espiritual e missionário no Brasil e no mundo hoje. Se entendermos assim, concluiremos que nenhuma igreja, comunidade ou crente tem autoridade de dizer ” Maranata!” (vem , Senhor Jesus), se nãO ESTIVEREM profundamente envolvidos com a obra missionária mundial. Esse também é outro bom motivo para missões transculturais.O AMOR DE DEUS PARA COM TODOS POVOS
Deus é um Ser apaixonado pelos povos. Há três anos, encontrei-me com um casal de missionários, os Goldfines. Eles me contaram como uma tribo na Papua Nova Guiné foi alcançada pelo seu ministério. Eram os ashtanis, povo milenar que descende dos canibais e caçadores de cabeças. Para estes, o homem alcança mais valor à medida que acumula cortes e cicatrizes de guerra em seu corpo. Ele prova com isso que ama tanto o seu povo a ponto de ficar “eternamente” marcado por defendê-lo em conflitos com outras tribus. Os missionários narram o seguinte:
” Falávamos do maor divino a esse povo com base no fato de Deus ter enviado Jesus, seu único Filho, para morrer por eles. Mas isso não lhes chamava atenção. Um dia, porém, vimos um homem já velho preparar o filho ainda adolescente para um confronto com um grupo tribal hostil. Quando chegamos mais perto, notamos que brotavam lágrimas dos olhos daquele pai enquanto ele enrolava uma corda nos pulsos e tornozelos do filho, para servi-lhe de proteção. Naquela noite, fomos a sua palhoça e ali lhe perguntamos porque chorava.“- Ele certamente voltará todo marcado, com cicatrizes e cortes, e viverá eternamente com isso em seu corpo, respondeu-nos o velho.“- Se ele não for,, respondeus firmemente, os inimigos atacarão nossas aldeias, o nosso povo morrerá e jamais teremos segurança.“- É preciso então amar muito seu povo para expor seu próprio filho desse modo, permitindo que ele fique marcado para sempre , não é?“- Sim, respondeu ele , derramando algumas lágrimas.” Uma semana após aquele conflito, estávamos em uma festa com todos ao nosso redor. Antun, o adolescente que fora para a guerrra brincava ao nosso lado.Ele trazia uma grande ferida, ainda pouco cicatrizada, em sua coxa esquerda, acima do joelho.Por volta das onze horas da noite, conseguimos chamar a atençao de todos e houve silÊncio. Começamos então a fala-lhes:“- Deus Pai ama tanto cada um de nós aqui na Terra. Ele veio, lutou como os homens por nós, lutou com os maus espíritos por nós e lutou com o pecado por nós. No fim de sua vida, no meio da luta, ele foi ferido.“- Todos olharam atentamente. Nós continuamos: “- Feriram suas costas com um chicote até que ficassem completamente marcadas com longos cortes. feriram suas mãos e´pés quando o pregaram em um madeiro e o levantaram bem alto. Feriram-no com uma lança e do ferimento saiu sangue e água. Todo marcado, com machucados, longos cortes e perfurações, ele então morreu, para lutar por nós contra a morte, e depois ressuscitou.“- Ressuscitou com as marcas? perguntaram todos.“- Sim, com as marcas, respondemos.” Todos abaixaram a cabeça. Percebi então que eles começavam a entender, naquele momento, o amor do Pai.”
Esse também é outro motivo de fazermos Missões entre outros povos.Pois bem abordamos quatro bons motivos bíblicos para enviarmos missionários aos povos que estão além das nossas fronteiras, para fora dos limites geográficos da nossa cultura, do nosso país. Entretanto o principal motivo de nos envolvermos com missão da igreja. Romanos 16.25-27.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por favor, quando voce citar um texto como esse faça menção da bibliografia, ou seja, de onde ele foi extraído. Nesse caso, o autor é Ronaldo Lidório, do livro "Missões: O desafio continua", escrito em Belo Horizonte - MG, Editora Betãnia, no ano do 2003.